A Semantix, empresa de soluções de Big Data, inteligência artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT), desenvolveu, em parceria com o Centro de Inovação e Educação em Saúde do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, e financiamento da FINEP-MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), uma ferramenta para suporte ao diagnóstico de COVID-19 com o uso de inteligência artificial, de maneira mais assertiva e rápida, por meio de indícios que sugerem infecções pulmonares nas imagens de tomografia de tórax dos pacientes.
A tomografia computadorizada (TC) é uma alternativa certificada ao exame PCR (abreviação para polimerase chain reaction, em português, reação em cadeia da polimerase) para diagnóstico da COVID-19, sendo que o PCR pode levar até três dias para indicar a presença do coronavírus. No cenário de alta ocupação de unidades de terapia intensiva e leitos hospitalares, a utilização de TC com algoritmos de inteligência artificial pode acelerar na triagem de pacientes e, consequentemente, na otimização de recursos, incluindo os próprios radiologistas.
A identificação se dá pelo diagnóstico das imagens por inteligência artificial treinada a partir do conhecimento de uma equipe médica e de especialistas em radiologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. A solução é capaz de apontar se a infecção é causada pela COVID-19, ou outras contaminações virais ou bacterianas
Com a tecnologia também é possível medir a evolução do grau de acometimento pulmonar, trazendo maior precisão e facilitando o encaminhamento para o tratamento mais adequado em cada caso. Atualmente esse percentual é calculado pela saturação de oxigênio no sangue e alterações na ausculta do pulmão, método que pode ser impreciso.
“A solução surgiu para auxiliar o país na luta contra o coronavírus e salvar vidas. Estamos disseminando para outros hospitais, em regiões carentes de recursos, a união entre o conhecimento dos especialistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz com a nossa inteligência artificial e a plataforma de dados em nuvem, a Semantix Data Platform (SDP)”, explica Leonardo Santos, CEO da Semantix.
“Basta o acesso à internet, um equipamento de tomografia e um técnico de operação do exame, pois nossos algoritmos fazem toda a análise”, complementa Rodolfo Uchida, gerente de ciência de dados da Semantix e líder da iniciativa.