Com a chegada do verão, as altas temperaturas e o aumento no volume de chuvas, a incidência de mosquitos e insetos aumenta nas cidades. Diante do incômodo das picadas, a população recorre a repelentes para evitar o problema. Contudo, as receitas caseiras podem não apresentar a eficiência que se espera e ainda representar riscos à saúde. Esse é o alerta do Conselho Federal de Química (CFQ).
Para maior proteção contra mosquitos como o Aedes aegypti, a entidade defende que a população deve consumir produtos repelentes que sejam registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pois todos os produtos registrados são submetidos a testes de controle de qualidade, segurança e eficiência em laboratórios por profissionais devidamente capacitados, tal como Profissionais da Química legalmente habilitados junto ao Sistema CFQ/CRQs.
Os repelentes caseiros, por sua vez, ainda que sejam fabricados com produtos naturais, não passam por essa fiscalização e, portanto, não possuem as garantias necessárias para o uso seguro. A efetividade dessas misturas são questionáveis, uma vez que os próprios ingredientes utilizados na confecção possuem variações que não são medidas adequadamente. A falta de um padrão ou a incompatibilidade de materiais usados na formulação desses produtos também faz com que a estabilidade química e a eficácia variem de um repelente para o outro, podendo provocar reações adversas consideráveis na pele e nas mucosas.
Alguns dos ingredientes usados nessas fórmulas possuem compostos sensíveis, como as furocumarinas, que, quando presentes em excesso na pele e expostos ao sol, podem gerar fitodermatoses como irritações, queimaduras e formação de bolhas.
Com isso, a proteção que deveria ser conferida pelo produto ao longo do tempo pode ficar comprometida ou mesmo se apresentar insuficiente desde o início, além de poder gerar problemas na saúde das pessoas expostas.
Diante desses desafios, o CFQ ressalta a recomendação de que a população opte pelo consumo de repelentes comerciais registrados pela Anvisa, já que estes são submetidos à comprovação científica. Esses produtos são desenvolvidos por profissionais da área da Química legalmente habilitados no Sistema CFQ/CRQs que, utilizando a Ciência como bússola, estudam, apontam, produzem e controlam quais são os ingredientes eficazes e seguros para consumo.