Casos confirmados de covid-19 cresceram 94% nos hospitais privados de todo o país, nas últimas duas semanas. Segundo a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), nesse período, a taxa média de ocupação de leitos chegou a 84%. Em abril, esse número não passava de 77,5%.
“Estamos entrando em uma semana de maior preocupação em relação às duas últimas. O crescimento dos atendimentos nos pronto-atendimentos tem sido muito expressivo nos hospitais, o que reflete no aumento do número de internações e faz com que as instituições voltem a precisar ampliar a destinação de leitos para covid-19”, disse o diretor-executivo da Anahp, Antônio Britto.
Segundo a associação, dentre os atendimentos em pronto-socorro relacionados à doença, 4,52% precisaram de internação e cerca de 1,2% precisaram de encaminhamento para uma unidade de terapia intensiva (UTI).
A Anahp informou ainda que 5,5% dos profissionais de saúde dos hospitais privados precisaram ser afastados recentemente por diagnóstico positivo da covid-19. Já os casos de síndrome gripal cresceram 32%.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fez um alerta sobre o aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil.
Segundo o boletim InfoGripe, divulgado ontem (9), o número de casos cresceu 39,5% entre a primeira e a última semana de maio. Na última semana de abril, a covid-19 respondia por 41,2% das síndromes respiratórias graves com teste positivo para algum vírus. Já na última semana de maio, o percentual chegou a 69%.
Contágio em alta no Distrito Federal
Segundo dados da Secretaria de Saúde, a taxa de transmissão da covid-19 (Rt) no DF alcançou 1,80 na sexta-feira (10), maior patamar desde 27 de janeiro. O índice mostra que 100 moradores do DF infectados com o vírus podem transmití-lo a outras 180 pessoas, em média. De acordo com as autoridades sanitárias, se a taxa de transmissão for menor que 1, a epidemia tende a ficar controlada. Se o índice for maior que 1, a epidemia avança.