A vacina da Pfizer/BioNTech poderá ficar mais tempo dentro das salas de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, na sexta-feira (28/5), novas condições de conservação e armazenamento das doses no Brasil. A partir de agora, o imunizante poderá ficar até 31 dias refrigerado entre +2ºC e +8°C – essa é a faixa de temperatura mais comum na rede pública de saúde dos municípios.
Anteriormente, a orientação era de que as vacinas da Pfizer fossem aplicadas em até cinco dias quando chegassem nas salas de vacinação.
A decisão atendeu a um pedido da farmacêutica, que apresentou à agência reguladora estudos que apontam que as doses podem ficar armazenadas em uma temperatura mais alta por um período maior. Para aprovar as novas condições, a equipe técnica da Anvisa avaliou os estudos de estabilidade apresentados pelo laboratório, que servem para definir por quanto tempo e em quais condições a vacina mantém suas características sem alteração.
AS PARTICULARIDADES
O imunizante da Pfizer é diferente de outros insumos adquiridos e distribuídos no SUS. Os chamados ultrafreezers são os mais indicados para o armazenamento da vacina. Nesses equipamentos, as doses ficam guardadas entre -90ºC e -60ºC, o que permite que durem por seis meses.
É exatamente nessas baixíssimas temperaturas que as vacinas são armazenadas no Centro de Logística do Ministério da Saúde, em Guarulhos, assim que chegam ao Brasil. Os estados estão recebendo o imunizante entre -20°C e -15°C.
A expectativa é de que, em breve, o Ministério da Saúde envie as vacinas da Pfizer às Unidades Federativas nos próprios ultrafreezers. Isso porque a pasta possui em andamento um processo de compra de 183 equipamentos, via Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
(Ministério da Saúde)