O câncer colorretal (intestino grosso e reto) é o segundo tumor maligno, excluindo o câncer de pele não melanoma, mais comum em homens e mulheres, atrás apenas, respectivamente, de câncer de próstata e mama. São 41 mil novos casos previstos para 2022, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
O risco de desenvolver a doença aumenta com a idade. Esta semana, o ex-jogador de futebol e ídolo do Vasco da Gama, Roberto Dinamite, anunciou publicamente que “nos exames realizados, descobrimos alguns tumores”, não especificando em quais órgãos e quantos. Na véspera do Natal, afirma o maior goleador da história vascaína, precisou realizar uma cirurgia de emergência em virtude da obstrução de uma parte do intestino.
Alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados), assim como alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas), são sintomas de alerta, que devem ser investigados. Os demais sintomas mais comuns são sangue nas fezes, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia e perda de peso sem causa aparente.
DOENÇA PODE SER EVITADA COM COLONOSCOPIA
O cirurgião oncológico e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), Héber Salvador, explica que o câncer colorretal pode se desenvolver silenciosamente por um tempo, sem apresentar nenhum sintoma. “Quando o paciente apresenta sintomas, já pode ser sinal de uma doença mais avançada. Por conta disso, é fundamental a realização de colonoscopia a partir dos 50 anos em pessoas – ou 40 anos, caso haja histórico de câncer na família. Este exame pode evitar a doença, pois, por meio dele, é possível retirar pólipos, que são lesões presas na parede do intestino que poderiam evoluir para câncer”, explica.
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COMO PREVENIR
Recomenda-se a adoção de uma dieta que contemple o consumo de frutas e hortaliças, assim como evitar o consumo de alimentos processados e de bebidas alcoólicas, refrigerantes e outras bebidas açucaradas. Moderação também é a palavra-chave em relação à carne vermelha e alimentos calóricos e/ou gordurosos. Os demais fatores de risco são sedentarismo, obesidade e tabagismo.
A hereditariedade representa entre 5% a 10% dos casos, sendo a síndrome de Lynch a mais prevalente. Há também a polipose adenomatosa familiar, que é quando os pacientes apresentam um maior número de pólipos, devendo ser submetidos mais frequentemente à colonoscopia.