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Membrana cicatrizante permite a personalização do tratamento de feridas complexas

Em contato com a pele, solução desenvolvida por startup com apoio do PIPE-FAPESP forma uma película com alta adesão no local afetado

17/09/2024 - Atualizado em 20/09/2024
em DERMATOLOGIA, PESQUISA
Membrana cicatrizante permite a personalização do tratamento de feridas complexas

Produto tem baixo custo, pois a matéria-prima, derivada da cana-de-açúcar, está amplamente disponível no Brasil (imagem: divulgação/Dermbio)

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Roseli Andrion | Agência FAPESP – Estima-se que, em todo o mundo, existam cerca de 20 milhões de pacientes com feridas complexas, com os mais diferentes formatos e tamanhos. Essa heterogeneidade torna difícil fazer um único tipo de curativo para ajudar a recuperar a lesão rapidamente. O ideal, portanto, seria ter uma opção personalizável. E foi exatamente isso que a startup Dermbio Biotech desenvolveu, com apoio do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da FAPESP.

O produto é uma membrana cicatrizante, aplicada diretamente na ferida. “Como ele é totalmente personalizável, não é preciso fazer recortes. É uma solução que, em contato com a lesão, forma uma membrana com alta adesão no local afetado”, explica Ana Flávia Pattaro, diretora administrativa e pesquisadora da empresa.

Segundo a engenheira química, o produto é ideal para quem tem feridas crônicas. “É o caso, por exemplo, de idosos que ficam deitados por muito tempo e sofrem com escaras”, aponta. “O mesmo vale para pés de diabéticos, feridas por falta de vascularização ou queimaduras de segundo grau, entre outros. Só não pode ser aplicado em lesões contaminadas por bactérias. É para todo tipo de ferida limpa”, pondera.

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Embora o conceito não seja inédito, a Dermbio usa um solvente com composição exclusiva. “Existe o interesse mundial em criar um curativo que evite contaminação, perda de material e geração de resíduos contaminados”, conta a engenheira de materiais Maria Ingrid Schiavon, sócia da Dermbio. “Não existe nenhuma composição como a nossa. Somos a única startup que promove a cicatrização com esses princípios”, compara.

O produto deve ser aplicado diretamente na lesão. “Com o passar do tempo, as células aderem ao material e o consomem. Com essa proliferação celular, o tempo de cicatrização é reduzido”, diz Pattaro. Segundo ela, o diferencial está nos ingredientes que compõem o solvente, pois ele não usa componentes tóxicos para o organismo humano. “Existem opções que usam esse mesmo polímero, mas ele não pode ser aplicado da forma que propomos porque o produto usa solventes muito tóxicos que são danosos para o organismo. O nosso não tem nenhuma toxicidade e é excretado pelo organismo naturalmente”, afirma.

Schiavon considera que essa é a grande inovação do projeto. A startup avaliou a quantidade desse material que o organismo pode absorver sem que haja intoxicação. “Encontramos uma alternativa que tem sido buscada até por grandes empresas”, diz. “Nós conseguimos encontrar o material que permite a aplicação da membrana diretamente no machucado.”

A novidade deve atender a pacientes que convivem com feridas crônicas há bastante tempo. “Para esses casos, falta algo que garanta mais qualidade de vida”, sublinha Pattaro. “As opções disponíveis, em geral, são dolorosas e, muitas vezes, atuam mais como paliativo do que como solução. Nosso produto tem potencial de melhorar o dia a dia dessas pessoas, pois é confortável, permite mobilidade, diminui o tempo de tratamento e tem alta relação custo-efetividade”, diz.

Alto desempenho

Segundo Schiavon, a alternativa é da classe dos curativos de alto desempenho. “Eles não são facilmente encontrados no Brasil. Percebemos que aqui é mais comum que se use uma mistura de produtos, porque não existe um medicamento único, de fácil acesso e baixo custo, que acelere a cicatrização desses machucados. Com a nossa proposta de curativo, o paciente não vai precisar adicionar vários compostos”, estima. “E não tem de trocar: é possível reaplicar, mas não há necessidade de troca”, diz Pattaro.

Dessa forma, depois que a solução é aplicada na lesão, só é necessário acompanhar o desenvolvimento da cicatrização. “Assim, não se fere a nova pele que está sendo formada ao retirar um curativo para aplicar outro. Depois da aplicação, o paciente pode colocar mais um pouco se for necessário, mas não vai precisar machucar o tecido que está em formação. Ou seja, além de tudo, é bem menos doloroso para o paciente.”

As pesquisas com a membrana cicatrizante ainda estão em andamento, mas as cientistas já observaram que o processo de recuperação é acelerado com o uso do produto. “Estimamos que ele vai reduzir em pelo menos 30% o tempo de cicatrização”, afirma Schiavon.

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Aplicação

A aplicação da solução pode ocorrer de duas formas: por spray ou com um aplicador. “Esse aplicador, que se chama eletrofiador, deposita a solução polimérica sobre a ferida e cria uma estrutura tridimensional sobre ela, o que facilita ainda mais a adesão celular”, explica Pattaro. Esse processo pode ser realizado em casa ou em uma unidade de saúde – nesse caso, um mesmo aplicador pode ser usado para diferentes pacientes, já que o bico aplicador vai poder ser substituído e esterilizado.

As pesquisadoras contam que o objetivo é oferecer uma solução de fácil aplicação. “Precisa ser uma opção que ajude a reduzir o fluxo de pacientes que têm de ir diariamente à unidade de saúde para fazer esse tratamento”, sublinha Pattaro.

A ideia de criar a solução surgiu a partir da experiência das sócias com o polímero poliácido lático (PLA). “Queríamos desenvolver um material que chegasse à população. Sabíamos do desafio do solvente, mas durante essa pesquisa conseguimos encontrar a solução”, conta Pattaro. “Até o fim do ano, queremos concluir os testes necessários para pedir a regulamentação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa]. Acreditamos que em dois ou três anos o produto esteja pronto para ir para o mercado”, estima.

Ainda não há estimativa de custo para o produto, mas as pesquisadoras contam que a matéria-prima utilizada é bem barata, já que vem da cana-de-açúcar e está amplamente disponível no Brasil, e o método de fabricação foi desenvolvido nacionalmente. “Queremos que essa alternativa chegue ao Sistema Único de Saúde [SUS], que é onde a maior parte da população é atendida”, afirma Pattaro.

A Dermbio é uma spin-off da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – como são chamadas as empresas nascidas a partir de uma tecnologia ou conhecimento (protegidos ou não) gerados no ambiente acadêmico. 

Via: Agência FAPESP
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