Pessoas com até 19 anos de idade, que não tomaram nenhuma dose da vacina Meningocócica C, podem procurar uma das salas de vacinação de rotina no Distrito Federal. A medida também vale para profissionais da rede de saúde pública e privada. Segundo a Secretaria de Saúde, a previsão é a de que a ampliação da faixa etária seja mantida até fevereiro de 2023, quando a vacina voltará a ser indicada apenas para crianças com menos de 12 meses.
A cobertura vacinal no Distrito Federal está em baixa: foi de 84,5% em 2019, 83,81% em 2020 e 75,8% em 2021, o menor índice já registrado para as crianças de até 12 meses. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 95% do público-alvo. “A intenção é vacinar os indivíduos que não tiveram a oportunidade de serem vacinados anteriormente”, explica a gerente de Doenças Imunopreveníveis da Secretaria de Saúde, Renata Brandão.
A especialista lembra que não devem receber uma nova imunização quem já recebeu alguma dose da vacina Meningocócica ACWY, hoje prevista no calendário vacinal para crianças de 11 e 12 anos. A orientação é consultar o cartão de vacina para verificar todos os imunizantes já recebidos.
Doença pode ser fatal
A neurologista Adriana Ferreira Barros Areal, Referência Técnica Distrital (RTD) da área, alerta que a meningite pode causar sequelas e ser fatal. “Se o paciente não for tratado em tempo, além de sequelas, pode até morrer”, afirma a médica. Entre os adultos, a taxa de mortalidade pode ser de 10% se houver demora no tratamento. “Na criança, pode afetar o desenvolvimento cognitivo, motor, desenvolvendo até síndrome epiléptica.
Meningite é o nome dado às infecções nas meninges, membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. A vacina Meningocócica C protege especificamente contra o sorogrupo C da bactéria Neisseria meningitidis, também conhecida como meningococo. Uma pessoa contaminada pode transmitir por gotículas e secreções. Os principais sintomas são febre, rigidez na nuca, dor de cabeça intensa, vômitos e, em alguns casos, alterações neurológicas.