A criança vai mal na escola, tem a fala enrolada ou errada ou fica sozinha e não interage com outras pessoas? O idoso está distraído, isolado e não entende a fala do outro? A pessoa engasga com facilidade? Esses podem ser sintomas e sinais de alterações do neurodesenvolvimento de habilidades de linguagem, fala, audição, aprendizagem e deglutição, por exemplo, comprometendo a vida da pessoa.
Você sabe quando procurar um especialista? Para esclarecer a esta e a outras dúvidas, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), por meio do Departamento de Foniatria, promove a campanha “Foniatria: a medicina da comunicação e da aprendizagem”, com o objetivo de despertar a atenção da população para o tema e incentivar a busca por avaliação médica. Ela acontece durante a Semana da Foniatria, de 9 a 17 de agosto.
“Atualmente, o isolamento gerado pela pandemia do coronavírus, a exposição exagerada aos eletrônicos (celular, tablete, vídeo game, televisão e outros) e a consequente diminuição dos estímulos e movimentos podem ter comprometido habilidades como linguagem, fala e aprendizagem de leitura e escrita em crianças e adolescentes ou, ainda, ter agravado distúrbios pré-existentes. Alterações no comportamento da criança, se investigada, pode revelar distúrbios até então desconhecidos pelos pais. Procure um otorrinolaringologista foniatra para o correto diagnóstico e tratamento desses distúrbios”, alerta a Dra. Mônica Simons Guerra, otorrinolaringologista foniatra e responsável pela campanha.
Como o otorrinolaringologista foniatra pode ajudar?
A otorrinolaringologia possui uma área de atuação, a foniatria, que se dedica aos distúrbios de comunicação humana, tais como: distúrbios de fala, distúrbios de linguagem, distúrbios de comunicação, distúrbios de audição e distúrbios de voz. Por isso, o otorrino capacitado atuará na realização de diagnósticos em várias situações em que ocorrem distúrbios da comunicação e elaborará ou participará de programas terapêuticos e educacionais, com enfoque em aspectos médicos, para o atendimento desses problemas. A foniatria não atende apenas crianças, mas também adultos e idosos, quando a fala, a audição, a linguagem, a voz e a deglutição estão comprometidas.
Qual a relação da perda auditiva e demência em idosos?
Pessoas com perda auditiva, se não reabilitada, têm o dobro de chances de ter agravamento de demências. Estudos demonstram que a perda auditiva, que na maioria das vezes é reabilitável, se não tratada corretamente, pode levar a perda de 30 a 40% de funções cognitivas em relação a uma pessoa que ouve normalmente. Além disso, outras capacidades, como o equilíbrio, a deglutição, a fala e mesmo o sono, também quando alterados e não reabilitadas, podem causar diminuição da qualidade de vida.
Programação especial
Em formato 100% online, a programação da Semana da Foniatria contará com live tira-dúvidas com especialistas e vídeos com conteúdos relevantes sobre o tema, como TDL (Transtorno do Desenvolvimento de Linguagem), dislexia, apraxia de fala, transtorno do espectro autista, foniatria do idoso, doenças genéticas e linguagem, problemas de deglutição, processamento auditivo, entre outros. A campanha é divulgada pelos canais oficiais @otorrinoevoce no Instagram e Facebook.